quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Informando aos Juremeiros

Devido aos acontecimentos do 5º Encontro Pernambucano de Mulheres de Terreiros em Recife, sinto-me na obrigação de fazer alguns esclarecimentos...
O encontro foi muito bem organizado, contou com a presença de pessoas ilustres dentro do Candomble de varias nações, a exemplo da Makota Valdina/ Ba, Mae Nice de Oyá da Casa Branca, Yá Vera Baroni, a quem a todas peço abençao, entre outras personalidades do mundo político na esfera federal , estadual e municipal.
Porem o que me faz escrever essa nota é que devido a fala da senhora Aurenice, convidada a mesa como sendo grande juremeira, ela demonstrou uma falta de conhecimento no assunto, e se perdeu totalmente quando falou que na Jurema não usa ilú, elú, na jurema o nome do instrumento de percussão é tambor, tanto que a pessoa q o toca é chamado de tambozeiro, então claro q usamos sim, não se concebe uma festa ou jurema batida sem o som mágico do tambor; que não usamos tosso e que a fumaça deve girar em nossa cabeça...isso vai de encontro a todos os ensinamentos de todos os tempos de jurema, pois sempre somos orientados a cobrir a cabeça por conta da fumaça na cabeça, ...menina cubra a cabeça. Etc, etc
E porque nos juremeiras da Paraiba não nos pronunciamos contra essa fala, porque na jurema nós aprendemos que devemos respeitar os mais velhos, e que em terra alheia se pisa no chão devagar...Então na fala da senhora Aurenice quando nos preparávamos para rebater, a makota Valdina se levanta e aplaude, então as pessoas acompanharam, eu particularmente entendi o recado assim: Não vamos provocar tumulto, nem polemica ...
Eu assim com tantas outras pessoas inclusive do Quilombo Cultural Malunguinho estávamos prontos para um debate, mas nos contivemos em respeito.
Assim sendo sugiro que seja feito fóruns, seminários, conferencias, encontros com juremeiros, mas juremeiros de raiz comprovada, e se convide a senhora Aurenice para participar e quem sabe ela aprenda algo conosco, pois segundo pesquisa feita por Sandro de Jucá e outras pessoas do Quilombo Cultural Malunguinho na casa onde a senhora Aurenice diz ser consagrada, eis a parte da matéria:
“SANDRO -Hoje estivemos no ilê de Airá igbonâ rua itajaí n465 bairro da imbiribeira,casa de nosso saudoso Juremeiro e babalourixá Antonio do Monte em uma entrevista com seus filhos saguíneos Antonio do Monte Junior(ojé) comfirmado em itaparica,Carlos Daniel Bomgartiner sacerdote (Oxalá) e sra Tâmara Donís do Monte yálourixá(oxum) e a sra Carmelita Maria da Silva yákekerê da casa há 52 anos,Na dinâmica da entrevista podemos constatar que ás palavras proferidas no Encontro das Mulheres de terreiro pela sra Aurenice NÃO SÃO VERDADEIRAS, quando diz que foi feita na Jurema por seu Antonio do Monte, Inclusive está desautorizada pelos seus filhos em usar o nome desse baluarte da jurema em eventos publicos,Trazemos á tona essa questão para que não paire dúvidas sobre á competência comprovada desse que hoje é um esá Baba obá arinâmodê, e nunca em tempo algum ensinou a seus discípulos nada de que a citada senhora falou publicamente "

Vamos usar nosso conhecimento, ciência e sabedoria para mostrar ao mundo que a jurema é uma religião de raiz, tradição e ciência. Que em cada cidade se faça fórum de jurema, e depois que seja feito um encontro nacional de jurema onde mostraremos nosso potencial e conhecimento, precisamos evitar que fatos dessa natureza aconteça novamente.

10 comentários:

  1. Concordo e agradeço o deferimento sobre o Quilombo Cultural Malunguinho .Fui procurar á fonte das informações descabidas e desqualificadas dessa senhora Aurenice que é uma marmoteira mentirosa . Essa senhora me conheçe sabe de onde eu venho liturgicamente falando tanto na jurema minha madrinha e meu padrinho como no Candomblé Nagô baba e yá ela me viu pequeno quando ela visitava as festas da casa onde me iniciei para isso depois de desmascara-la ela não retrucou nem se defendeu, mas uma vez peço descupas por essa atitude falsa e mentirosa diante de vocês mas eu fui na fonte e irei se qualquer questionamento não for pertinente coragem não me falta, Temos que ter coragem e acabar com essas palhaçadas de mal gosto de concordar e balançar á cabeça pra gente desse nivél, Fui muito criticado por gente marmoteiro da qualidade dela mais Continuo na luta e sem mêdo algum,Devemos abrir a boca e trazer á luz da verdade essas pessoas oportunistas e mentirosas , Sempre dei meu indereço o endereço de quem me preparou onde foi com quem foi e quem sabe e assistiu toda minha vida na liturgia e me conheçe para quê mentir e passar por um vexame e fazer nós passarmos , Mas comigo não tem isso não Personalidade caratér postura coragem tudo isso faz parte da vida liturgica de um Juremeiro se assim não se portar não vale nada,O Quilombo Cultural Malunguinho é amor dedicação e respeito pela Jurema no dia que eu for até á Paraíba para me exibir me mostrar ou coisa parecida que á propria Jurema me deixe pela estrada, Vou por amor carinho dedicação e atenção as minhas raízes minha matriz Indígena. É pau guiné

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  2. Eu agradeço a meu irmao de ciencia Sandro de Jucá, o ocmentario e a indicação a outras pessoas para virem comentar, precisamos disso, a jurema é verbal, nossa propaganda é a verdade.
    Abraços e abença mestre Sandro.

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  3. Perfeito Mãe Joana. Que bom que a senhora em seu espaço democrático de expressão colocou este texto. O povo de terreiro na verdade precisa é se ligar que a discussão é que contribui para o avanço de nossa religião. Vamos em frente e fazer com que a Jurema seja uma forma religiosa mais respeitada inclusive dentro do meio do próprio povo de terreiro, que pelo menos em PE tem tido muita dificuldade em entender a importância dessa, embora que não saiba como, pois é ela que sustenta todas as casas de tudo! Salve a fumaça! Salve Malunguinho, o verdadeiro guardião da Jurema!!

    L'Omi.

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  4. Carissima Mãe Joana, depois desse encontro acredito que não se deva mais calar, acho que esses momentos são para falar mesmo, por mas que cause desconforto, mas tem que ser falado, pois quando se cala ficasse nos bastidores os ti ti ti, e ai essas falsas juremeiras, sempre apoiada por aquelas que se dizem serem o supra sumo da Religião em Pernambuco ficando de manobras escusas, principalmente conosco do QCM, que ha mais de 7 anos iniciamos um trabalho sério, sem nunca querermos ser os "grandes sacerdotes", nosso trabalho sempre foi de inclusão dos nossos, e algumas dessas ditas sacerdotisas não tem uma historia decente religiosa pra mostrar, entraram pela porta dos fundos, e as vezes nós mesmos muitas vezes respaldamos, a senhora em seu texto se refere a Vera Baroni, enquanto Yá, esta foi iniciada a menos de 4 anos, por meu atual pai o Sr. Paulo Braz Ifatoogun, ganhou um cargo e ai todo mundo a chama de Ya e ela em nenhum momento tem a humildade de dizer sou uma yahô, como sempre eu digo e olhe que estou na Religião ha pelo menos 27 anos,e tenho 6 anos e dois meses de iniciado, bom nada contra a pessoa política de vera, mas quando se trata de nossa religião cobro de qualquer um, pode ser 100 anos mais velho, mas o que agente batalha é pela dignidade de nossa religiosidade e passa por ai também, a atitude de Makota foi pra mim um mal exemplo, foi aquela historia "vamos botar pra debaixo do tapete" ninguém viu nada, mas contudo a maioria absoluta daquele encontro estavam ansiosos por uma voz que gritasse alto e em bom tom, a conivência já é normal pra essas mulheres e homens de terreiros menos para os de grande tradição que insistem em não aparecer em certos encontros para não escutar barbaridades daquelas, vá ao Kipupa para fortalecer o povo de tradição! Axé olorum Be o, Nguzu malunguinho!

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  5. Meus Parabéns minha irmã Juremeira Mestra Mãe Joana, e aos Grandiosos movimento executado pelo Quilombo Cultural de Maluguinho na pessoa do Alexandre L'Omi L'Odò e Sandro de Juca e as demais equipes.
    Penso eu que devido à repreensão que os antigos Juremeiros tiveram com a intolerância religiosa que fora plantada pelos Jesuítas e governantes da época, ficou muito difícil a divulgação da verdadeira raiz da Jurema Sagrada.
    Hoje a pessoa tira as suas conclusões e aplica para novos adeptos da Jurema Sagrada Catimbó e ta passando a ser parte, ta ate mudando nomes como Jurema Traçada ou qualquer outra coisa do rama.
    Se não tiver dentro da Jurema Sagrada um grupo de respeito como esse sub-citados a Jurema corre o risco de se fundir com qualquer culto por tanta mistura e coisas erradas que vem fazendo.
    Meus Parabéns pelo belo movimento que fazem, e sabemos que pouco levanta a bandeira e alguns querem receber os aplausos sem luta que vocês fazem.
    Juremeiro Mestre Neto.

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  6. MEUS PARABENS DONA JOANA A SENHORA , JUREMEIRO NETO , SANDRO DO JUCA E ALEXANDRE NA MINHA OPINIAO SAO UNS VERDADEIROS GUERREIROS DA JUREMA FICO FELIZ , POR VOCES TRATAREM A SERIO A NOSSA MAGIA E ENCANTAMENTO QUE É A NOSSA JUREMA . SOU UM GRAO DE ARROZ NA JUREMA MAS QUERO QUE SAIBA QUE DEPOIS QUE CONHECI VOCES , SE EU JA GOSTAVA DA NOSSA JUREMA , PASSEI A AMAR E RESPEITAR MAIS AINDA . OBRIGADO POR VOCES EXISTIREM .
    MAE JOANA EU AMO A SENHORA . A O MIGUEL MEU FILHO DE 03 ANOS MANDOU UM BEIJO .

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  7. Entao meus irmãos vamos valer o direito de ter nossa ciencia falada, comentada e exposta por quem sabe, por quem tem ciencia, existe muitas juremeiras antigas que teriam dado e darão um show em qualquer conferencia , encontro sobre jurema, conheci algumas senhoras lindas e tao grande sabedoria, participando como ouvinte, ai me perguntei...porque essas mulheres nao estao la em cima falando o que mais sabem e fazem...jurema.
    Sarava a jurema sagrada, sarava malunguinho unico e verdadeiro guardião da jurema.
    É pau guiné.

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  8. CONVITE AOS JUREMEIROS...
    Alaiandê Xirê

    O maior festival de Alabês (nagô), Xicarangomas (congo/angola) e Runtós (jêje), encontro anual dos sacerdotes-músicos, de ritmos litúrgicos e cânticos dos terreiros de Candomblé.

    Da Bahia, das diferentes nações e de outros estados brasileiros e diásporas africanas, criado pelo Ogã de Ogum Roberval Marinho e pela Agbeni Xangô Cléo Martins, membros do Ilê Axé Opô Afonjá, em São Gonçalo do Retiro.

    As 08 primeiras edições (1998/2005) aconteceram no Ilê Axé Opô Afonjá. A partir de 2006 transformou-se em festival in itineri.

    A primeira edição em trânsito - 9º Alaiandê/2006 - foi no terreiro Angola Bate Folha.

    A segunda edição em trânsito - 10º Alaiandê/2007 - foi na Casa Branca do Engenho Velho, grande sucesso.

    A terceira edição em trânsito - 11º Alaiandê/2008 - foi no terreiro do Pilão de Prata, e mais uma vez foi brilhante.

    A quarta edição em trânsito - 12º Alaiandê/2009 - foi no Sítio do Pai Adão/PE e como não podia deixar de ser, foi sucesso.

    A quinta edição em trânsito - 13º Alaiandê/2010 - que seria realizada em São Paulo-SP, foi cancelada às vésperas por falta de patrocinadores.
    A sexta edição:

    24 e 25 de setembro/2011 em Brasília, no Guará-DF, promete.

    Evento aberto ao público em geral, sem fins lucrativos.

    Xangô, o orixá do fogo, justiça e poder em exercício é o padroeiro do Alaiandê Xirê.

    Sàngó Nfé Kabieci

    Eu Juremeiro Mestre Neto, foi convidado para representar a JUREMA SAGRADA CATIMBÓ descendência afro-ameríndio, representando o centro-oeste, convida a todos os Juremeiros para estar presente e cantar ao som dos maracás louvando a Jurema Sagrada.

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  9. Eu SANDRA JUREMEIRA ,parabenizo a todos assim como a minha mamy Joana Mestra juremeira ao meu pai Sandro de jucá, Alexandre e a todos que juntos fazem a diferença. Desmascarando todos e qualquer um que venha a tentar desfazer das verdades que colhemos durante nossa vida dentro do Culto da jurema esta senhora Aurenice realmente disse coisas que nunca vi meu povo antes dize nem hoje meus juremeiros. Deixo aqui meu apreço por todos que seguem com amor este culto maravilhoso que a Jurema Sagrada.

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  10. A bênção a todxs mães, pais e irmãos de Jurema e que a luz do Cruzeiro de Paulina irradie de fé, paz, amor e união nossas vidas! Gostaria de saber se algum de vocês conhecem e podem me indicar algum terreiro de Jurema aqui em Brasília-DF ou região do entorno, pois há 06 anos caminhando por essas terras, ainda não tive a honra de me reencontrar com nossas raízes. Forte abraço a todxs, Kátia de Oxum

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