sábado, 6 de agosto de 2011

UMA CIENCIA CHAMADA JUREMA

UMA CIÊNCIA CHAMADA JUREMA

A Jurema era denominada originalmente de CAATIMBÓ (fumaça do cachimbo) hoje em dia não se usa, pois, o termo foi deturpado e é generalizado como a feitiçaria e bruxaria malefício.

A ciência, para o discípulo de jurema é uma sabedoria que toda pessoa possui e que foi dada por Deus, mas que esta adormecida na maioria das pessoas, quando a pessoa desperta essa sabedoria adormecida, através de rituais de confirmação, consagração, encimentação se diz que essa pessoa tem ciência.

Essa ciência permite ao Juremeiro entrar em contato com o mundo invisível e desse contato promover significantes modificações em destinos e auxiliar a modificações nos destinos de outras pessoas, tais como: restabelecer a saúde, prosperidade financeira, felicidade amorosa e desenvolvimento da espiritualidade que cada pessoa possui em sua essência.

O juremeiro vê alem da forma material que as coisas possuem. Ele sabe que todas as coisas e acontecimentos possuem a sabedoria divina e passa a aprender conscientemente a lidar com elas obtendo a chamada felicidade interior.

O chão, os rios, s lagoas, as fontes De águas, as matas, os animais, a chuva, o vento, o mar, o ar que respira, o alimento que ingere, os” antepassados, e as pessoas vivas são sagrados para o juremeiro.

Um autentico juremeiro se torna uma seta no caminho das pessoas indicando uma vida melhor no meio de tanta contradição que existe no mundo. Não interfere na vida das pessoas, mas quando é solicitado pode colaborar no bem estar que as pessoas procuram. O que simboliza o caatimbó é a arvore jurema, que para os catimbozeiros é um símbolo de força e de energia e poder.

Da árvore jurema se retira sementes para encimentação de novos discípulos, o tronco para levantar no mundo material a representação do mestre do invisível e prepara com a raiz uma bebida de força chamada, dependendo do lugar de CAUIM, JUREMA, MESTRE, e CIÊNCIA.

AS FALANGES ESPIRITUAIS DA JUREMA

Os Mestres e Mestras: São espíritos dos antepassados, pessoas que quando vivas cultuavam a Jurema e que depois de desencarnarem trabalham nas sessões de jurema. São extremamente elevados e de grande sabedoria. Exemplo: Mestre Malunguinho (maioral do ilê), Zé Pilintra (ou Filintra), Manoel Quebra Pedra, Tertuliano, Sibamba, Boaideiro, Junqueiro, Mestra Ritinha, Luziara, Paulina, Juvina, Do Carmo, entre tantos outros.
Os mestres e as mestras são de dois tipos: os trabalham na direita ou sendo o que executam trabalhos de construir, e os que trabalham na esquerda que são os responsáveis por destruir certas situações.

Caboclos: São espíritos mistos de índios com brancos e geralmente são todos oriundos do norte e nordeste do Brasil.

Os Boiadeiros e Vaqueiros: Espíritos sertanejos ligados ao interior do nordeste, havendo algumas exceções quanto a espíritos que vem de 4 outras regiões do pais e do mundo, são ligados a vaquejar gado.

Os Ciganos: Espíritos errantes que tem atuação nos trabalhos de magia Européia e Oriental, são juremeiros somente aqueles que foram para o nordeste e teve contatos com os índios.

Os Pretos Velhos: Antigos rezadores do Brasil de descendência africana, são os mais antigos zeladores dos orixás, são antigos escravos negros, são de grande sabedoria, muito são chamados de avô e avó.

Exu e Pomba Gira de Catiço: Cada pessoa tem pelo menos um Exú que age e está perto dela desde o dia do seu nascimento; o chamado Bará ou Elegbará ou ainda Exú do Corpo. Depois, tem também pelo menos uma Pombagira, que não sendo verdadeiramente um Exú, assume o lado feminino.

Cada Exú tem assim a sua parte feminina ou contrapartida, que na verdade são a mesma Energia sob aparências distintas, temos assim:

Exú Rei das Encruzilhadas / Pombagira Rainha das Encruzilhadas;
Exú das Matas / Pombagiras das Matas;
Exú Giramundo / Pombagira Giramundo;
Exú do Cravo Vermelho / Pombagira da Rosa Vermelha;
Exú Mulambo / Pombagira Maria Mulambo;
Exú Sete Capas / Pombagira Sete Saias;
Exú 7 Estrelas / Pombagira 7 Estrelas; etc.


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